Não objetivos educacionais – Tião Rocha

No dia 21 de junho de 2017, aconteceu em Pouso Alegre/MG a Roda de Conversa no SESC, com o educador e antropólogo Tião Rocha, muito motivadora e transformadora!

“Conhecer um pouco mais da história e experiências deste nobre humano nos deixou mais otimistas e confiantes, com a certeza de que estamos no caminho certo e o melhor, acreditando que é possível fazer a diferença!”, comentou a engenheira ambiental e represante do Instituto Fernando Bonillo, Marielle Rezende de Andrade, que acompanhou o evento junto com o presidente do IFB, Diego Toledo Fernandes.

Tião Rocha, na Roda de Conversa no SESC Pouso Alegre/MG
Diego Toledo Fernandes, presidente do IFB, e Tião Rocha
Diego Toledo Fernandes, presidente do IFB, Marielle Rezende de Andrade, eng. ambiental e responsável técnica do IFB, Sueli Oliveira, historiadora do IF Sul de MG e Tião Rocha, educador e antropólogo.

E para conhecer um pouco mais do trabalho deste educador, compartilhamos os “NÃO OBJETIVOS EDUCACIONAIS“, texto de autoria de Tião Rocha, escrito em 1984, onde a estratégia era: “se nós não os praticássemos, o resto seria lucro”. Segundo informações do site CPCD – Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, “A questão era “não cair na vala” e reproduzir nas novas gerações o que se passou conosco”, comenta Tião Rocha sobre este texto.

“Não Objetivos Educacionais:

  • criar uma relação desigual (ou a dialética do “senhor-escravo”) entre crianças e adultos;
  • fazer da criança um objeto do interesse dos professores e pais, vista como “ser sem vontade e vida própria”;
  • repassar os nossos modelos e qualidades de vida como “soluções” para as crianças;
  • pensar na criança como “página em branco” onde podemos escrever o “nosso” livro;
  • ver a criança como “adulto que não cresceu”;
  • cortar das crianças seus sonhos e criatividades;
  • acreditar que nossos conhecimentos são únicos e verdadeiros;
  • criar nas crianças o espírito possessivo de competição, concorrência e individualismo;
  • produzir pessoas omissas, alienadas e sem identidade cultural;
  • ensinar às crianças que “o mundo é dos mais fortes, mais espertos ou mais ricos”;
  • podar o espírito crítico, observador e inquiridor das crianças;
  • fazer das crianças e principalmente dos professores, eficientes e cordatos cumpridores de tarefas e repetidores de idéias e conceitos alheios;
  • criar uma escola que seleciona;
  • preservar o conceito de escola como um lugar “chato”, onde o autoritarismo reina, o castigo impera, a prepotência governa e a desigualdade domina;
  • manter a escola como um lugar onde se entra, mas não se permanece; onde se matricula, mas não se continua; onde se estuda, mas não se aprende.”

Tião Rocha

Este texto foi reproduzido do site do CPCD. Para consultar e conhecer mais sobre o trabalho de Tião Rocha, consulte: http://www.cpcd.org.br/portfolio/nao-objetivos-educacionais/

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